sexta-feira, 21 de maio de 2010

Oito versos que transformam a mente - Dalai Lama - maio 2010

Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso,
o 14º Dalai Lama, nascido Lhamo Dhondrub, (6 de julho de 1935),
é um chefe de estado e líder espiritual tibetano
(apesar de exercer estas duas funções na India).
Tibetanos referem-se a ele como "Yeshe Norbu" ou "Kundum".
" Acredito que o objetivo da nossa vida seja a busca da felicidade.
Isso está claro.
Quer se acredite em religião ou não,
quer se acredite nesta religião ou naquela,
todos nós buscamos algo melhor na vida.
Portanto, acho que a motivação da nossa vida é a felicidade. "
" Meu apelo por uma revolução espiritual
não é um apelo por uma revolução religiosa.
Considero que a espiritualidade
esteja relacionada com aquelas qualidades do espírito humano
- tais como amor e compaixão, paciência, tolerância,
capacidade de perdoar, contentamento,
noção de responsabilidade, noção de harmonia
- que trazem felicidade tanto para a própria pessoa
quanto para os outros.
É por isso que às vezes digo
que talvez se possa dispensar a religião.
O que não se pode dispensar
são essas qualidades espirituais básicas."
"Minha religião é o amor"
OITO VERSOS
QUE TRANSFORMAM A MENTE
1. Com a determinação de alcançar
o bem supremo em benefício
de todos os seres sencientes,
mais preciosos do que uma jóia mágica
que realiza desejos,
vou aprender a prezá-los
e estimá-los no mais alto grau.

2. Sempre que estiver na companhia
de outras pessoas, vou aprender
a pensar em minha pessoa
como a mais insignificante dentre elas,
e, com todo respeito,
considerá-las supremas,
do fundo do meu coração.

3. Em todos os meus atos,
vou aprender a examinar
a minha mente
e, sempre que surgir
uma emoção negativa,
pondo em risco a mim mesmo
e aos outros,
vou, com firmeza,
enfrentá-la e evitá-la.

4. Vou prezar os seres
que têm natureza perversa
e aqueles sobre os quais pesam
fortes negatividades e sofrimentos,
como se eu tivesse encontrado
um tesouro precioso,
muito difícil de achar.

5. Quando os outros, por inveja,
maltratarem a minha pessoa,
ou a insultarem e caluniarem,
vou aprender a aceitar a derrota,
e a eles oferecer a vitória.

6. Quando alguém a quem ajudei
com grande esperança
magoar ou ferir a minha pessoa,
mesmo sem motivo,
vou aprender a ver essa outra pessoa
como um excelente guia espiritual.

7. Em suma, vou aprender a oferecer
a todos, sem exceção,
toda a ajuda e felicidade,
por meios diretos e indiretos,
e a tomar sobre mim, em sigilo,
todos os males e sofrimentos
daqueles que foram minhas mães.

8. Vou aprender a manter
estas práticas
isentas das máculas
das oito preocupações mundanas,
e, ao compreender
todos os fenômenos como ilusórios,
serei libertado da escravidão do apego.

As oito preocupações mundanas são:
1. Gostar de ser elogiado
2. Não gostar de ser criticado
3. Gostar de ser feliz
4. Não gostar de ser infeliz
5. Gostar de ganhar
6. Não gostar de perder
7. Desejar ser famoso
8. Não gostar de ser ignorado

Esse texto foi ensinado por Dalai Lama
no Brasil em abril de 2006,
no templo Zu Lai, em Cotia (SP).

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